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Greve sentiu-se mais nos centros de saúde do que no Hospital de Braga
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Greve sentiu-se mais nos centros de saúde do que no Hospital de Braga

Braga

2017-10-12 às 06h00

Redacção Redacção

A greve dos médicos marcada para ontem “pouco se fez sentir” no Hospital de Braga, ao contrário do que acontece num dos principais centros de saúde da cidade onde a adesão ronda os 100% em algumas unidades. À porta do Hospital de Braga, às 9 horas da manhã, o movimento era “o do costume” e, em conversa com a Lusa, alguns dos utentes mostraram-se surpreendidos com a greve dos clínicos.

Citação

A greve dos médicos marcada para ontem “pouco se fez sentir” no Hospital de Braga, ao contrário do que acontece num dos principais centros de saúde da cidade onde a adesão ronda os 100% em algumas unidades.
À porta do Hospital de Braga, às 9 horas da manhã, o movimento era “o do costume” e, em conversa com a Lusa, alguns dos utentes mostraram-se surpreendidos com a greve dos clínicos.

“Greve, hoje? De certeza? Ninguém avisou de nada e a minha consulta já estava marcada há meses”, questionou em forma de lamento Américo Silda, reformado, e que veio ao Hospital de Braga para uma consulta de pré-operatório.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) marcaram para ontem uma jornada de greve em reivindicação pela redução de horas extraordinárias anuais obrigatórias, as chamadas horas de qualidade (durante a noite), a redução do trabalho de urgência (de 18 para 12 horas semanais) e redução da lista de utentes por médico de família (dos actuais 1.900 para 1.500).

“Bem, se é por isso, menos mal. Se fosse para pedirem mais dinheiro já não concordava”, afirmou Ana Castro, 65 anos e que veio o Hospital para uma consulta de oftalmologia. “São as cataratas. Isto não se vai para nova”, explicou.
Tanto Américo como Ana não sabem se vão ter consulta, mas fonte hospitalar disse à Lusa que o protesto dos clínicos “pouco se faz sentir” naquele hospital.

Já no Centro de Saúde do Carandá foram “muitos” os clínicos que aderiram à greve, deixando algumas das Unidades de Saúde Familiar que ali funcionam “sem nenhum médico ao serviço”, como constatou Cláudia Silva. “Tive que faltar ao trabalho para vir aqui a uma consulta, que já me foi remarcada duas vezes e vou embora sem a consulta. Isto causa-me muito transtorno. Até entendo que os médicos estão no seu direito mas devíamos ser avisados”, lamentou.

A mesma sorte teve Deolinda Castro. “Deixam-nos aqui sem apoio. Isto hoje faz-me muita diferença, precisava de um atestado e por causa disto vou ficar com uma falta injustificada”, referiu.
No Centro de Saúde do Carandá, uma das unidades de saúde teve uma adesão à greve de 100% e outra funcionou na totalidade, enquanto nas outras duas estiveram ao serviço um médico em seis.

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